sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ministro dos Portos anuncia licitação para dragagem da Baía de Vitória


Flavia Bernardes 


O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, acompanhado do governador do Estado, Renato Casagrande, anunciou a publicação do edital de licitação internacional para a dragagem e derrocagem da Baía de Vitória. O anúncio foi feito na sede da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), na manhã desta sexta-feira (30).

Além da dragagem, o ministro anunciou a ordem de serviço para as obras de contenção e ampliação do cais comercial do Porto de Vitória, concretizando o processo turbulento de ampliação do porto.

Após ter sido embargado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), devido à constatação de superfaturamento no processo de licitação em R$ 26,3 milhões. todo o processo de licenciamento foi marcado por protestos de ambientalistas, oceanógrafos e da população preocupada com os impactos ambientais que serão gerados pela obra.

Alheio ao impacto, o projeto de dragagem e derrocagem da Baía de Vitória para permitir a entrada de navios maiores prevê o despejo do material dragado a 6 quilômetros do litoral da praia de Itapuã, em Vila Velha. O impacto é ainda maior na região porque também serão despejados em Vila Velha os materiais dragados no porto do Tubarão e Nisibria.

Dragagem prevista para voltar!
Ao todo, serão despejados na região 15 milhões de m³ de dejetos. Segundo a Associação dos Moradores da Praia da Costa (AMPC), o despejo na região representa sérios danos ao meio ambiente e à população. Contra o despejo dos dejetos estão atuando Associação e do Fórum Ambiental Permanente de Vila Velha, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Associação de Moradores de Itapuã, Associação de Moradores de Itaparica, gabinete do vereador Babá, Instituto Orca e Federação das Associações dos Moradores e dos Movimentos Populares do Espírito Santo (Famopes).

Segundo as entidades, há 12 anos materiais de dragagens foram despejados na região, gerando não apenas a turbidez da água, mas também o desaparecimento de espécies. O problema não afetou apenas o município,  chegando também  a São Pedro, em Vitória, onde prejudicou os pescadores.

A informação dos ambientalistas é que os dejetos retirados do fundo do mar são formados de lama, argila, metais pesados, pedras, pó de minério, entre outros componentes que serão despejados diretamente no litoral de Vila Velha, diminuindo em 70 centímetros a profundidade das águas no local. Esta ação, segundo o Instituto Orca, diminui o oxigênio disponível, o que pode provocar a morte por sufocamento de espécies bentônicas que dependem destas áreas para viver.

Além da dragagem e derrocagem, o Porto de Vitória também ampliará sua retro área.  A informação é que a área ganhará 14 mil m² para a armazenagem de cargas, totalizando 30 m².

A ampliação da retro área e a continuidade do processo de licitação para a dragagem do porto em 2012 representam a derrota de alternativas como a de um convênio entre os portos de Vitória e de Tubarão, próprio para receber grandes embarcações, e também da revitalização do Porto de Vitória, conforme defendido pelo médico, ambientalista e naturalista Marco Ortiz.

Segundo ele, a área deveria ser dedicada a embarcações turísticas, culturais, em acordo com a proposta da própria cidade, que é a de revitalizar o centro de Vitória. Ele alerta que o porto está esmagado dentro da cidade e não há mais para onde crescer, somando, assim, atividades impactantes para a região.

Entre os impactos já consumados estão os aterros feitos pela Flexibras, além da construção de um enroncamento  que desequilibrou o meio ambiente na região.

A Pirelli também causou assoreamento e má circulação da água na região, prejudicando o tráfego de barcos devido a um aterro construído pela empresa. Já a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) foi responsável pelo aterro (resultado de uma retro área) de boa parte do mangue e ainda uma área de alagado, com três metros de aterro na mesma região. Com o aterro, os moradores passaram a sofrer com enchentes, antes contidas pela área de taboa. Tiveram ainda sua única área de lazer destruída.

Para os especialistas,  tanto a dragagem quanto o aumento da retro área são considerados uma “faca de dois gumes”, visto que a logística do porto está esgotada há anos e, portanto, não comportará, mesmo após as obras, a movimentação comercial que se pretende.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Moradores de Gaivotas dizem “não” à alta tensão


Por várias vezes moradores de Praia das Gaivotas tentaram chamar a atenção de autoridades, mas desta vez a manifestação contra a instalação da rede de alta tensão da EDP/Escelsa chamou a atenção. Nesta quarta-feira (1 de junho), os maiores prejudicados com a nova obra fecharam duas avenidas do bairro.

Eles foram para as ruas portando cruzes e, com palavras de ordem, mostraram o porquê de serem contrários à instalação do artefato no bairro.

A preocupação dos moradores diz respeito à segurança e também à saúde da comunidade.


Segundo eles, além de representar um risco, a rede transmissora de alta tensão (são 138 mil volts acima de suas cabeças) pode provocar doenças como o Mal de Alzheimer, leucemia e doenças do coração, entre outras.

O veterinário Paulo Eduardo da Cunha contou sua experiência com alta tensão na época em que trabalhava em Castelo, no Sul do Estado.


“Essa fiação começa a chicotear e nada pode ficar perto. Fui chamado, com urgência, para confeccionar um laudo acerca do que havia ocorrida com vacas de dois fazendeiros da região. Um proprietário perdeu 10 cabeças e outro perdeu seis. Todas morreram queimadas pelos fios de alta tensão”, relatou ele.


Com seu filho em uma cestinha de bicicleta, o marceneiro Daywison Fernandes compareceu à manifestação e fez um desabafo emocionado.

“Eu tenho filho e me preocupo com essa obra. Imagine não poder soltar pipas ou brincar com segurança por causa dessa fiação. É bom que as pessoas vejam quem é o administrador dessa cidade que permitiu isso e vejam também o partido dele para que não votem nem nele e nem no partido dele nas próximas eleições”, salientou.

O coordenador do movimento Moradores Unidos Contra a Alta Tensão (MUCRAT), Anselmo Assis, demonstrou toda sua indignação e destacou a importância da participação dos moradores na manifestação.

“Essa manifestação foi boa, surtiu resultado. Devemos mostrar as coisas erradas que acontecem aqui. Essa linha de alta tensão é adversa às necessidades da comunidade. Ela representa o risco de morte. Além disso, sofremos com a desvalorização de nossos imóveis. Só para ter uma ideia. Nossos imóveis sofreram uma queda de 30% em seu valor”, denunciou.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Vale distribui panfleto mentiroso sobre dragagem


É mentira! A distância do bota-fora da draga e as praias é diferente daquela descrita em panfleto informativo da empresa Vale. Nesta segunda-feira (9 de maio), aconteceu a audiência pública proposta pelo deputado estadual Sandro Locutor (PV), realizada na Câmara Municipal de Vila Velha.

Durante o encontro dos políticos com as lideranças comunitárias, ficou claro que a empresa tenta ludibriar a sociedade com dados maquiados.

No dia 22 de março o gerente de Meio Ambiente da Vale, Romildo Fracalossi, esteve na Câmara de Vila Velha, convidado por um vereador para uma tribuna livre, e afirmou que a distância entre o local do bota-fora  e a praia mais próxima do município canela-verde seria de 10 quilômetros.


Já na audiência pública, realizada nesta segunda-feira (9 de maio), o mesmo preposto da empresa afirmou que a distância das praias de Vila Velha é de 9,5 quilômetros, o que confundiu até mesmo a cabeça do deputado estadual que conduzia os trabalhos, Sandro Locutor.

Fracalossi dando explicações sobre
a dragagem do Porto de Tubarão.
“Então, o dado correto é de 15 quilômetros?”, questionou o parlamentar.

“Não. O dado correto é o que acabei de informar”, afirmou Fracalossi.

Sua afirmação provocou a indignação dos presentes no plenário, já que o panfleto é amplamente distribuído entre populares, induzindo a população a erro.

Outro questionamento a ser feito diz respeito ao confinamento dos resíduos. Serão 15 milhões de m³ depositados no fundo da praia e que não se sabe se realmente ficarão confinados.

Durante sua apresentação, o técnico em dragagem Jamerson Sher, salientou a importância da Carta Náutica, da Marinha do Brasil.

“Nos estudos aprovados pelo IEMA, a profundidade média apresentada é de 41 metros. Mas de acordo com a Carta Náutica, a profundidade do local onde é feito o bota-fora é, em média de 32,6 metros. É preciso as autoridades embargar essa obra. Em princípio dizem que a dragagem começou em janeiro de 2011, mas na verdade ela começou em dezembro de 2010. Antes mesmo da aprovação do IBAMA”, apontou Sher.

População de olho na Dragagem.
Outro contrassenso diz respeito ao que diz o técnico ambiental do IEMA, Ubirajara. Segundo ele, a batimetria apresentada pelo Fórum Ambiental Popular Permanente (FAPP) não corresponde à realidade. Porém, ele mesmo afirmou que o Instituto não possui equipamento específico para fazer a medição.

Para a secretaria executiva do FAPP, Rita Uliana, as respostas do técnico da Vale afirmando que não tinha conhecimento sobre alguns assuntos não passa de uma forma de “fugir do debate”.

Além do deputado estadual Sandro Locutor, o deputado Gilsinho Lopes (PR) e os vereadores de Vila Velha João Batista Babá (PT), Heliossandro Matos (PMN), Robson Batista (PSDC) e Ivan Carlini (PR) estiveram presentes à audiência pública.

Óbitos por doenças pulmonares motivam criação de CPI em Vila Velha


Flavia Bernardes

As mortes por doenças pulmonares ocupam o terceiro lugar no ranking de óbitos de Vila Velha. A notícia é da Secretaria de Saúde do município e deixou os vereadores do município estarrecidos. A informação é que as mortes por problemas pulmonares são ultrapassadas apenas pelas mortes ocasionadas por homicídios e doenças ligadas ao coração.

Neste contexto, conforme proposta do vereador Heliosandro Mattos (PMN), os vereadores de Vila Velha aprovaram, na noite dessa quinta-feira ( 5), a instauração da CPI das Doenças Respiratórias. O objetivo, segundo Heliosandro, é investigar as denúncias feitas pela população da região, que reclamam do pó preto que chega às casas do município.

Além do pó preto, que é tirado em quantidades absurdas das casas, mesmo não sendo produzido no município, os vereadores querem apurar também o índice de atendimentos de doenças respiratórias nos últimos 40 anos nos postos de saúde, ouvir os familiares das vítimas, conhecer os índices de mortes ligadas ao cigarro e o volume de poluição veicular emitida no município.

“O objetivo é investigar a causa das mortes por doenças pulmonares, que é alarmante no município. Estamos buscando descobrir qual é a conseqüência desta poluição que chega ao município há anos. Só ai poderemos nortear políticas para a melhoria da qualidade de vida no município”, ressaltou o vereador.

A informação é que dois médicos da Universidade de Vila Velha já se prontificaram a apoiar as investigações. Além disso, segundo Heliosandro, o apoio na Câmara dos Vereadores foi unânime após o conhecimento dos dados apontados pela Secretária de Saúde do município, Joana Barros.

A secretaria, inclusive, será uma das primeiras convocadas para depor, seguida de dirigentes de empresas como Vale, Export ES do Cais de Capuaba e Arcelor Mittal.

Segundo o presidente da Câmara, Ivan Carlini (PR), os trabalhos serão iniciados após o dia 23 de maio. Votaram a favor da abertura das investigações os vereadores Almir Neres (PRP), Ozias Zizi (PRB), João Artem (PSB), Babá e Wanderson Pires (PT), Robson Batista (PSDC), Valter Rocon (PDT), Duda da Barra (PMDB), Antonio Tareba (PPS), Tenório Merlo e Valdir do Restaurante, (PT do B), e o presidente da Câmara, Ivan Carlini (PR).

A informação do vereador Heliosandro Mattos é de que  em Vila Velha a principal causa de morte registrada é aquela provocada por doenças cardiovasculares. A segundo é por homicídio e a terceira por doenças pulmonares.

Através do trabalho do artista plástico Kleber Galveas, que há mais de 20 anos monitora a poluição gerada pela Vale no município,  o chamado “pó preto”, é levado com o vento até a Barra do Jucu, onde anualmente o artista utiliza a poeira depositada sobre telas como matéria prima para seus quadros. Através de suas obras, Kleber Galvêas denuncia a poluição que é gerada pela Vale e despejada em toda a Grande Vitória pela influência dos ventos.

O despertar

Tudo começou com as mobilizações do vereador Babá (PT). Logo a Câmara de Vereadores de Vila Velha também despertou para os problemas gerados pelos grandes empreendimentos instalados em Vitória, mas sentidos também no município.

Desta vez, a Câmara está lutando para que o material de dragagem do Porto de Vitória e do Porto de Tubarão não seja despejado no município.

Serão 7 milhões de m³ de sedimentos dragados do fundo do mar na região do porto de Tubarão e que serão despejados a seis quilômetros do litoral de Vila Velha pela Vale.

Com o anúncio de despejo de sedimentos de dragagem no litoral de Vila Velha, a Associação de Moradores da Praia da Costa, junto com a Câmara de Vereadores do Município, vem se mobilizando para apresentar alternativas para o despejo. Das três alternativas apresentadas pela Vale até o momento, todas foram rejeitadas, pois se baseavam no falso argumento de que a lama a ser despejada no litoral não é tóxica.

Mas, segundo a Associação de moradores, há 12 anos materiais de dragagens foram despejados na região, gerando não apenas a turbidez da água, mas também o desaparecimento de espécies. O problema não afetou apenas o município, chegando também aos pescadores de São Pedro, em Vitória, que também questionam a nova dragagem da empresa.

A informação dos ambientalistas é que os dejetos retirados do fundo do mar são formados por lama, argila, metais pesados, pedras e pó de minério.
Na região de Vila Velha, chamada de bota-fora, também pretendem despejar material de dragagem a Codesa e a Nisibria. Juntas, as empresas pretendem despejar na região 15 milhões de m³ de dejetos.

O volume, segundo a Associação dos Moradores da Praia da Costa (AMPC), confronta a previsão da dragagem de 6,3 m³ no Estado e representa sérios danos ao meio ambiente.

Dragagem é tema de audiência pública


 Uma audiência pública para discutir a dragagem do Porto de Tubarão e do Porto de Vitória, proposta pelo presidente da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Sandro Locutor, irá movimentar o plenário da Câmara Municipal de Vila Velha no dia 9 (segunda-feira), a partir de 19 horas.

Apesar de não ser deliberativo, o objetivo do encontro é fazer com que a Comissão Permanente da Assembleia forme seu próprio convencimento acerca do assunto.

O Fórum Ambiental Popular Permanente estará presente através da Associação de Moradores da Praia da Costa que terá 20 minutos para expor o malefício que o despejo de dejetos causa à sociedade como um todo.

A audiência pública é o resultado de um encontro realizado na Assembleia anteriormente. De lá, ficou deliberado que este encontro seria realizado.

A intenção do FAPP é mostrar que sob vários aspectos a dragagem é um processo de descarte de lixo tóxico retrógrado e desumano. E ainda. Que em pouco tempo será capaz de eliminar algumas formas de vida existentes naquela região.

Durante a audiência pública, o Fórum pretende utilizar o seu tempo expondo como a dragagem é prejudicial à vida, como poderia ser feito o descarte e como alguns dados mostrados pela Vale, empresa que vem poluindo praia de Vila Velha, são apenas meras ilustrações fantasiosas e que o verdadeiro produto jogado no mar é tóxico e que irá expor a vida da fauna e flora locais.

O FAPP espera contar com a presença da sociedade canela-verde nesse momento em que a participação popular é de muita importância.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Irrisórios R$ 118 mil pela vida marinha em quatro municípios


Quanto vale a vida marinha do planeta? E quanto vale a vida marinha em Vila Velha? A resposta vazia chegou à tribuna livre desta terça-feira (22 de março), no plenário da Câmara Municipal de Vila Velha, onde funcionários das empresas Vale e Arcelor levaram “explicações” sobre a dragagem do Porto de Tubarão.


Entre um quadro e outro de projeção, um preposto da empresa Vale explicou que existe uma área delimitada na Praia da Costa de 125m² para o despejo de “sedimentos” que ele alegou ser formado por areia e material natural. Segundo ele, o fundo do Porto de Tubarão não possui material tóxico. Ainda segundo o mesmo funcionário, diferente do Porto de Santos (SP), em que o fundo é composto de material tóxico.


Mesmo afirmando que não existe consequencias graves para a vida marinha nem para a sociedade, o expositor explicou que a empresa entrará com uma contra-partida de R$ 470 mil para os municípios de Cariacica, Serra, Vila Velha e Vitória, atingidos pela dragagem. Isto significa que cada um terá direito a algo em torno de R$ 118 mil.

Pareceu tão estranha a contra-partida que um dos convidados se levantou e indagou sobre a tal verba que será distribuída entre os municípios. A resposta foi eloquente, mas não convincente.

Outro dado afirmado pelo funcionário da Vale é que a área restrita ao “bota-fora”, termo assim definido pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA), não é área de pesca.

De acordo com o expositor, a área de disposição do material é monitorada durante e depois da passagem da draga. E o tempo de monitoramento é de cinco minutos.


Passemos às indagações que não foram colocadas pelo funcionário, até mesmo porque não havia interesse por parte da Vale.


A vida marinha – fauna e flora – não será atingida, mas a flora pode se locomover rapidamente para fugir dos dejetos lá depositados? E animais corpulentos, como as estrelas-do-mar são retiradas para que haja o “bota-fora”? A empresa não teria outra forma de aproveitar os dejetos?

Um convidado perguntou se aquele material serviria para aterrar a Curva da Jurema, no que foi prontamente satisfeito em sua indagação.

“Aquele material não serve para aterro pois é composto por areia muito fina”.

Será?

As informações foram dadas e pareceram até contraditórias com o que é acompanhado pela sociedade canela-verde.

O expositor afirmou, categoricamente, que a distância de despejo nas praias de Vila Velha é de 10 quilômetros. Mas durante a tribuna livre foram distribuídos folders explicativos afirmando que a distância é de 15 quilômetros. Quem está certo?

Resta à sociedade capixaba aguardar os órgãos judicantes para que intervenha nesse “bota-fora” criminoso para que o futuro das águas salgadas de Vila Velha não esteja comprometido.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Vereador de Vila Velha comemora vitória do FAPP


Em seu pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal, de Vila Velha, nesta quinta-feira (24 de fevereiro), o vereador João Batista Babá (PT) comemorou a primeira vitória efetiva do Fórum Ambiental Popular Permanente (FAPP).

A preocupação dos moradores dos bairros Guaranhuns, Parque das Gaivotas, Jockey de Itaparica, Santa Mônica Conjunto, Santa Mônica Popular, Araçás e Coqueiral de Itaparica extrapolou o ambiente das ruas e das manifestações e conseguiu se transformar em uma liminar da Justiça que suspendeu a obra de instalação dos postes de alta tensão.

“Hoje tenho uma boa notícia. A luta tem nos trazido a esta tribuna, a luta de vários moradores que reclamaram da forma como a alta tensão vinha sendo implantada, mas uma liminar, concedida hoje, embargou essa obra. A EDP/Escelsa foi lá para engambelar os moradores, dando geladeira e prometendo colocar um canteiro de flores nos bairros. Queriam engambelar a população mais humilde. Uma obra dessas, em qualquer lugar do mundo, é feita de forma subterrânea”, destacou Babá em seu discurso.

Ainda dentro de seu prazo para discursar, Babá lembrou dos problemas que ,os moradores do Sítio Batalha, enfrentam quando ocorre uma chuva qualquer em Vila Velha.

“Nem precisa chover muito, qualquer chuva inunda as casas. Tem moradores que tiveram que construir verdadeiros diques em suas casas. No Natal do ano passado diversos moradores daquele local tiveram que passar a noite colocando móveis para cima. Tem gente que está abandonando seus imóveis ou vendendo a preço muito baixo”, alertou o vereador.

Ele explicou que é necessário realizar uma obra de 15 metros que custaria aos cofres do município algo em torno de R$ 150 mil.

“A nossa proposta é que o DER-ES e a Cesan abraçem esta ideia”, sugeriu o parlamentar.




terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Protesto na Curva da Sereia e lama no mar de Vila Velha




Nem mesmo o protesto contra a dragagem da Vale neste sábado intimidou a embarcação da empresa de jogar muita lama na altura da Ilha dos Pacotes, em Vila Velha. Enquanto os manifestantes falavam sobre o risco que é a operação “bota fora” nas praias do município, a draga passava próximo e jogava todo o lixo tóxico nas águas.
Banhistas, turistas e trabalhadores que fazem da praia o seu sustento e o de sua família receberam panfletos explicativos sobre o risco que representa para Vila Velha a dragagem e o “bota fora”.
Vários membros do Fórum Ambiental Popular Permanente (FAPP) assumiram o microfone da organização e alertaram as pessoas que passavam pela Curva da Sereia sobre os malefícios que representam a manobra no mar.
O presidente da Associação dos Moradores da Praia da Costa (AMPC), Sebastião de Paulo, manifestou a indignação das pessoas que costumam praticar esportes, que moram e que trabalham nas praias canelas-verdes.
“Ninguém tem noção da gravidade disso. São danos à vida marinha e que repercutem nas nossas vidas. Este trabalho que estamos realizando é uma atividade de formiguinha. Não podemos parar. Além da dragagem da Vale, ainda existem as dragagens da Nisibra, da Codesa e da Jurong que estão para começar”, apontou o dirigente da associação.
A força dos políticos no movimento é de extrema importância. O vereador de Vila Velha João Batista Babá (PT) deixou sua mensagem de repúdio ao que está ocorrendo no mar canela-verde.
“Temos que mostrar o que as empresas estão fazendo nas nossas praias antes que seja tarde demais. A sociedade tem que ser alertada e deve se preocupar com o meio ambiente. O nosso movimento começou pequeno, mas vemos que já tomou corpo e existem muitas pessoas preocupadas com o absurdo que é o despejo de lixo tóxico”, disse o parlamentar.
Também participou do movimento o deputado estadual Dr. Hércules da Silveira. Para ele, é a hora das autoridades do Estado mostrarem à sociedade como foi concedida a licença ambiental para a operação de dragagem.
“Precisamos cobrar do Ministério Público uma atitude de solicitação de dados sobre a forma em que foi concedido o licenciamento ambiental para que a draga começasse a operar em Vila Velha. E não é somente para esta operação, mas também para as operações que estão para começar”, alertou o parlamentar.
Um dos reforços mais importantes do movimento é o do técnico em dragagem Jamerson Scher. Ele explica que o protesto do FAPP não é contra o desenvolvimento do Estado, mas contra a forma com que a Vale, especificamente, está descartando o lixo tóxico.
“Existe um espaço entre o Terminal da Vale e o Terminal de Carvão da Arcelor que poderia servir de área para o armazenamento desses dejetos retirados do mar. E essa propriedade não interferiria na movimentação comercial das empresas. Eles reaproveitariam esta área vaga num pátio de armazenamento”, explicou Jamerson.
Segundo ele, há outras formas de realizar o descarte do material. Ele detalhou como seria feito esse armazenamento.
“Em Santos, a Cosipa deu início a esse tipo de trabalho. Lá o lixo é confinado numa espécie de cercados, possibilitando o afundamento. Além de não poluir, também diminui o custo da operação. Basta realizar a preparação do terreno. A draga não precisaria avançar 15, 20 ou 25 quilômetros no mar”, destacou o técnico em dragagem.
E Jamerson ainda acrescentou que no Rio de Janeiro o descarte é feito de outra forma. Utiliza-se os chamados “blue bags” (sacos azuis).
“São grandes mantas em forma de sacos que poderiam ser utilizados na preparação de solo para grandes aterros, por exemplo”.
A draga que opera entre o Porto de Tubarão e a Ilha dos Pacotes faz uma média de quatro viagens a cada cinco horas. Vale lembrar que a operação não para com o cair da noite.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

TV FAPP - Protesto contra Despejo de lama tóxica dia 12/02


O Fórum Ambiental Popular Permanente (FAPP) convoca moradores e turistas a participar da manifestação em socorro às praias de Vila Velha. O evento será um ato público de repúdio ao “bota fora” de dejetos retirados do Porto de Tubarão pela empresa Vale. O protesto está marcado para amanhã (sábado), na Curva da Sereia, na Praia da Costa, em Vila Velha, a partir das 16 horas. Contamos com todos!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ações simultâneas movimentam Vila Velha

 Duas ações simultâneas envolvendo o FAPP movimentaram as ruas de vários bairros de Vila Velha, no sábado (29/01).

Uma ação contou com a participação de vários carros em prol da conscientização de moradores dos bairros Parque das Gaivotas, Guaranhuns, Jockey de Itaparica, Praia de Itaparica, Coqueiral de Itaparica e Praia das Gaivotas.

Preocupados com as instalações de postes de alta tensão em vários bairros de Vila Velha, os Moradores Unidos Contra as Redes de Alta Tensão (MUCRAT) organizaram uma carreata que contou com a participação do FAPP.

A outra ação envolveu o FAPP e a Associação de Moradores Praia da Costa (AMPC).

Nesse movimento foi recolhido um caminhão de donativos para as comunidades de Rio Marinho, Jabaeté e Araçás. A entrega foi realizada no mesmo sábado.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

S.O.S Praias de Vila Velha!

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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Moradores do Centro de Vila Velha querem solução para as enchentes

Os moradores querem, entre outras reivindicações, que o Estado construa mais galerias, para escoar a água das chuvas

Moradores do Centro de Vila Velha protestaram na descida da Terceira Ponte, no final da tarde desta sexta-feira (04). Com faixas e com panfletos, eles pedem que o Governo resolva o problema das enchentes no município.

Os moradores querem, entre outras reivindicações, que o Estado construa mais galerias, para escoar a água das chuvas. O protesto não prejudicou o trânsito.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Manifesto dos Moradores do Sítio Batalha Nesta Sexta-feira (04/02)

O Fórum Ambiental Popular Permanente  (FAPP) Convida você a participar de uma manisfestação nesta sexta-feira em defesa dos moradores do Sítio Batalha, que acontecerá a partir das 17 horas, na descida da Terceira Ponte, no lado canela-verde.

Os moradores do Sítio Batalha estão preocupados com a instalação de Estação de Bombeamento de Gás, previsto para ser instalada na região. Os moradores reclamam que não foram consultados sobre o assunto e nem informados sobre o perigo que representa tal empreendimento próximo de residências.

Durante a manifestação também haverá um encontro com o secretário estadual de Transporte e Obras Públicas, Fábio Damasceno.

Os moradores do Sítio Batalha reclamam que sofrem com as constantes enchentes ocasionadas pelas chuvas. Agora terão que conviver com o perigo do fogo, representado pela Estação de Bombeamento de Gás, que será instalada ao lado.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

ENCHENTES EM VILA VELHA – A RESPONSABILIDADE TAMBÉM É SUA


Os mais antigos devem se lembrar: Vila Velha sem enchentes. O canal da Costa possuía águas límpidas, sendo habitado por vários tipos de peixes e crustáceos.
Com o crescimento desordenado da cidade, e os maus costumes da população, o canal da Costa foi sendo poluído, e já na década de 80, tinha se tornado local de despejo de lixo e esgoto, impróprio para as vidas marinhas.

Até a década de 90, o único transtorno gerado para a população e os visitantes de Vila Velha era o mau cheiro.

No entanto, com a construção da “Terceira Ponte”, obra de grande importância para a mobilidade urbana na grande Vitória, surgiu também a obstrução parcial do Canal na sua desembocadura e a concretagem parcial das laterais impedindo a plena vazão das águas e contribuindo para a ocorrência de enchentes no município.
Não havendo a drenagem pela terra, e com o estreitamento da desembocadura, qualquer chuva um pouco mais volumosa, combinada com a maré cheia, é suficiente para alagar todo o município.
A situação só vem se agravando ainda mais com a obra do canal Bigossi, nos mesmos moldes da que foi feita no canal da Costa, e nenhuma medida de compensação e de melhoria é adotada por nossos governantes.
Passados os anos, a situação das enchentes no município de Vila Velha/ES se agrava, atingindo bairros que antigamente não sofriam com as enchentes, e se repetindo em vários meses dos anos, não somente nos meses de verão como é previsível na região sudeste do Brasil.
Os prejuízos materiais e sociais causados aos munícipes pelas chuvas tem interferido no cotidiano e abusado da paciência das pessoas que nesta cidade residem e tem negócios.
A população de Vila Velha/ES carece de ações e obras efetivas que impeçam definitivamente os prejuízos causados pelas enchentes.
À população cabe a prática de atitudes ecológicas e ambientais corretas para não gerar a sobrecarga de detritos urbanos nos canais que cortam a cidade, e aos governantes a realização de obras que solucionem os alagamentos em Vila Velha/ES.
Nossa cidade precisa urgentemente da dragagem e limpeza do canal da Costa, construção de galerias e de estações de bombeamento de águas, além de limpeza e drenagem dos canais pluviais.
Chega de medidas paliativas. Chega de medidas reparadoras após a ocorrência do caos. Devemos exigir uma ação conjunta da Prefeitura Municipal e do Governo Estadual para solucionar o problema dos alagamentos.
Somente a mobilização da sociedade será capaz de sensibilizar nossos governantes para a necessidade e urgência das medidas acima mencionadas.
Vale lembrar que todos somos prejudicados quando ficamos impossibilitados de ir para o trabalho, ou de levar o filho à escola, ou de ir ao supermercado, ou, ainda, de realizar qualquer outra atividade corriqueira, além de toda a cidade ficar sujeita a enfermidades em decorrência dos alagamentos.
Por isso, a luta deve ser de todos nós moradores de Vila Velha. Cada um de nós é responsável não só por suas atitudes ecológicas e ambientais corretas, mas também por sua atitude cidadã de cobrar dos governantes medidas eficazes de combate às enchentes.
Juntos, podemos acabar com as constantes enchentes em nossa Vila Velha e, quem sabe, até voltarmos a ter águas límpidas e peixes no canal da Costa.

JUNTOS PODEMOS MAIS!!!!!

VILA VELHA SEM ENCHENTES

ESTA REALIDADE É POSSÍVEL E SÓ DEPENDE DE NÓS.



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Moradores de Vila Velha Protestam contra o despejo de lama na Praia da Costa

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Fonte: Jornal Correio Popular - Dezembro de 2010

Personalidade do Ano na área de Meio Ambiente!

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Lupercio Barbosa Fundador e Diretor Executivo do Instituto Orca e um dos Fundadores do FAPP, é a Personalidade do Ano de 2010 na área de Meio Ambiente!